O Marketing Humanizado pode ser a grande sacada para transformar o seu e-commerce em uma marca única e querida pelos consumidores.
Nunca ouviu falar nesse termo? Antes de chegar nele, vamos voltar um pouquinho no tempo para você entender a evolução do Marketing.
Algumas décadas atrás, o conceito de Mix de Marketing, criado pelo professor Jerome McCarthy e propagado pelo guru Philip Kotler, ganhou fama. Antes de pensar em qualquer estratégia de marketing, era preciso ter em mente os quatro pilares básicos do mix: Produto, Preço, Praça e Promoção.
Quando os 4Ps fossem bem trabalhados internamente, a marca alcançaria um bom posicionamento e conquistaria o público. Essa metodologia, baseada principalmente no equilíbrio desses 4 setores, representados pelos “Ps do Marketing”, foi a base para que muitas empresas conseguissem se posicionar no mercado.
Com o surgimento da internet, do consumidor 3.0 e do marketing digital, passou a se falar nos 8Ps, que poderiam transformar em sucesso qualquer estratégia virtual. São eles: Pesquisa, Planejamento, Produção, Publicação, Promoção, Propagação, Personalização e Precisão.
Essa metodologia, focada no digital, vem ganhando cada vez mais força. E, até agora, entre esses novos Ps, o que o mercado menos consegue trabalhar é o P da Personalização.
O conceito de personalização
Personalizar significa ter uma linguagem, estratégias, ações e produtos feitos especialmente para o seu cliente. É conseguir fazer cada uma das pessoas que tenha contato com a sua marca se sinta única e especial. Isso porque você a conhece, genuinamente. Sabe dos seus gostos e interesses. E é capaz até de adivinhar qual é o melhor momento e canal para vocês se comunicarem.
Conseguir fazer tudo isso de forma sustentável e escalável é humanizar o marketing, entendendo que por trás de cada clique no seu site, existe uma pessoa de carne e osso.
Storytelling é a base
Criar narrativas que impactem o consumidor é a maneira mais poderosa e eficaz para conseguir humanizar o marketing. São elas que podem te levar ao coração de um cliente, fazendo ele se conectar com o seu produto, seja relembrando uma memória feliz ou se identificando com a mensagem transmitida.
Em 2011 (sim, já tem um tempinho mas #valeapenaverdenovo), a Vivo fez uma campanha nacional usando o storytelling que viralizou bem rápido. O foco era em conteúdo, já que a história é contada em um clipe de uma música conhecida pelos brasileiros, “Eduardo e Mônica”, da Legião Urbana.
Totalmente sem anúncios, a campanha usou como recurso a memórias afetiva despertada por uma música já muito conhecida e o apelo do romance para criar uma propaganda de forma inteligente e indireta.
Além disso, a marca aproveitou a data comemorativa dos Dia dos Namorados para criar o contexto perfeito para o lançamento.
E você reparou em como a Vivo conseguiu se inserir na história algumas vezes ao longo do clipe, sempre de forma muito natural, sem tirar o foco da história? É assim que o posicionamento de marca vai sendo criado até que seja consolidado.
Como o seu e-commerce poderia usar o storytelling para conquistar uma posição única na mente do consumidor? Quais datas comemorativas são importantes? Quais histórias você gostaria de contar para se conectar com o seu público? Como poderia torná-las pessoais e emocionais?
Responder todas essas questões te faz pensar em fazer marketing humanizado.
Humanizando com People Marketing
Criado pela Social Miner, o conceito de People Marketing representa uma evolução do marketing humanizado. A metodologia tem como fundamento direcionar as estratégias digitais de um site ou e-commerce totalmente para as pessoas, não tratando os consumidores como simples usuários ou números do Google Analytics.
Com o People Marketing você consegue reunir os princípios de personalização do marketing, misturando storytelling com inteligência artificial, para mapear dados de comportamento e consumo, identificar o momento de cada lead na sua jornada de compra e usar essas informações para deixar as comunicações da sua empresa ainda mais humanizadas e assertivas.
Quando isso acontece, tanto o consumidor quando a empresa saem ganhando. O cliente fica feliz por conseguir comprar o que queria, além de estreitar o relacionamento com uma marca que gosta, enquanto o e-commerce garante uma conversão, otimizando os investimentos nas campanhas e não fazendo SPAM.
Na prática
Para conseguir executar uma estratégia de marketing humanizado, criando campanhas realmente personalizadas e one-to-one, o ideal é passar a usar de forma inteligente e automática todos os dados de comportamento dos consumidores que a empresa tem.
Assim, as mensagens passam a realmente interessar os consumidores que atingem e há uma quebra no SPAM, em qualquer que seja o canal. Você passa a entregar apenas ofertas adequadas e não mandar nada que não seja realmente relevante.
É assim que as pessoas irão começar a ver sua empresa como “aquela que só comunica mensagens significativas e realmente relevantes”. E, ao longo do tempo, poderão criar um relacionamento mais próximo entre marca-cliente.
Portanto, o primeiro passo é conhecer bem o seu público para contar as histórias certas usando os melhores canais.
Crie uma base
Esse é o primeiro passo – e, possivelmente, o mais importante – a ser trabalhado. Isso porque é um fator crítico de sucesso. Sem uma base de usuários cadastrados no seu site, sua marca simplesmente não vai conseguir ir adiante.
Para conseguir entender quem é a pessoa por trás do navegador, a melhor forma é usar um canal de identificação, como um Push Opt-in ou Social Lightbox.
Isso porque, uma vez que essa pessoa se inscreve na sua página, você vai ter em mãos muitas informações (como nome, e-mail, sexo, idade, entre outros) para conseguir humanizar as mensagens, criando conversas que façam sentido e realmente impactem.
Trabalhe a captação e identificação de novos leads e acompanhe de perto as métricas de crescimento absoluto e relativo da sua base mês a mês, para identificar o que está dando certo e corrigir os gargalos da estratégia.
Na hora de planejar suas campanhas de sign up, leve em conta também os períodos em que o tráfego do seu site tende a aumentar exponencialmente, como durante datas comerciais.
Entenda os interesses do seu consumidor
Monitorando a navegação dos seus visitantes cadastrados é bem mais fácil descobrir os gostos, preferências e interesses de cada um. Páginas de categoria e produtos mais visitadas dão uma boa dica do que o seu consumidor procura e precisa. O desafio é entender, exatamente, o que oferecer e como fazer isso sem ser chato.
O ideal é usar uma plataforma que conte com uma camada de inteligência artificial e que, por meio dos seus algoritmos, consiga cruzar os dados de navegação com as demais informações de perfil daquele consumidor para decidir automaticamente qual é a melhor mensagem e canal a serem usados em uma campanha.
Assim, sua marca pode garantir que vai enviar um e-mail humanizado para aquele usuário que ainda não comprou, mas está quase lá, só precisando de um empurrãozinho – como um descontinho ou brinde.
Ou que, para aquele lead novo que ainda não sabe o que quer, vai mandar uma notificação que leve para uma seleção de produtos em que ela demonstrou certo interesse e que dá dicas de como usá-los e suas vantagens.
Nesta fase, quanto maior forem as taxas de conversão, mais eficiente está sendo a sua comunicação e mais saudável estará a jornada de compra do seu cliente. Além disso, a taxa de recompra e de carrinhos abandonados que foram recuperados também são bons indicadores para otimização das suas estratégias.
Comunique-se de forma personalizada
Uma parte muito importante do People Marketing é humanizar a comunicação para “quebrar o gelo”, fugir da formalidade e realmente abrir um diálogo amigável com seu potencial cliente. Mas, para fazer isso, é essencial entender em que fase da jornada de compra este usuário está.
Por exemplo: se o consumidor tem um problema, mas não sabe ao certo o que precisa para resolvê-lo, está na fase de consideração, em que as marcas têm a oportunidade contar histórias através de campanhas que o ajudem a identificar uma solução.
Já na fase de avaliação, o consumidor entende o que precisa para resolver seus problemas, sendo que as lojas podem investir em comunicações que falem dos produtos e o ajudem a decidir qual é o melhor opção para ele.
Agora, quando o consumidor escolhe o produto ou serviço mais adequado para ele, está na fase de conversão, pronto para fechar a compra, sendo que benefícios financeiros (descontos e vantagens) ajudam a dar aquele empurrãozinho final para que ele feche o pedido.
Por fim, uma boa experiência com a marca é essencial para que o consumidor entre na fase de retenção, voltando a fazer compras na mesma loja, e se torne um cliente fidelizado.
Quer ter mais insights de como fazer um marketing humanizado de primeira? A gente explica tudo sobre a metodologia de People Marketing aqui. 😉